segunda-feira, 31 de março de 2014

EU TE AMO MEU BRASIL

A repressão às manifestações públicas era uma das táticas dos militares


Não dá para fugir do assunto. Todos os jornais, a TV, a internet... É o assunto do dia: os 50 anos do golpe militar de 1964. Confesso que só fui tomar conhecimento da arbitrariedade da ditadura quando ingressei na Universidade em 1983. Lá, os professores e alunos engajados me esclareceram sobre o momento político que os brasileiros viviam.

O assassinato de Carlos Lamarca na ditadura


Nessa mesma época tive consciência de todos os anos de alienação que vivi na minha infância, quando a escola pública tinha caixas de som pelos corredores e pátios que sempre emitiam a mesma música todos os dias na hora de entrar na sala de aula: Eu te amo meu Brasil, eu te amo. Meu coração é verde, amarelo, branco e azul anil.

Chico Buarque foi o compositor brasileiro que transformou dor em canções de protesto cheias de metáforas




Mal sabia que por trás dessa trilha sonora pessoas estavam sendo perseguidas e mortas por lutarem por seus direitos. Então fiz parte do diretório acadêmico, fui integrante de comissões de alunos na Universidade e até fui um dos fundadores do PV em minha cidade natural, o Guarujá. Depois larguei a política, pois meu pai pedia para que seus filhos não se envolvessem. Era uma forma de nos proteger.

sábado, 29 de março de 2014

BATMAN

Batman e Robin vividos pelos atores Adam West e Bruce Ward


Li hoje que o roteirista Lorenzo Semple Jr, criador da série Batman, morreu ontem.  Aqui  uma pequena homenagem para esse talento criador – além do seriado Batman (1666-1968) é responsável pelos roteiros de King Kong (1976), Papillon (1973) e 007 Nunca Mais Outra Vez (1983).

O roteirista Lorenzo Semple Jr.




Eu era criança quando via Batman pela TV. Achava tudo engraçado e me divertia pencas com os vilões, todos caricatos.

Os vilões Pinguim, Charada, Mulher Gato e Coringa


DEU BODE NO FACE


Eu que sempre fui avant-garde me descobri atrasado. Triste ironia da vida. Mas vamos aos fatos. No meio de uma onda que faz diversas pessoas descontinuarem seus perfis no Facebook   -e migrarem para aplicativos de tempo real, instantâneos, de contatos imediatos pelo celular – decidi criar um perfil fake. Isso mesmo: falso. Como estou no Guarujá - e muito afastado de todos - criei o perfil falso para manter minha privacidade e manter contatos com amigos íntimos de São Paulo na rede social decadente. Foi uma tentativa desesperada de manter contato, mas em três semanas de atividades, com posts diários, confesso que perdi o gás. Deu bode!

Tela da pintora avant garde Tamara de Lempicka, do começo do século 20

Nesse pouco tempo - eu que não tenho paciência para nada- tive que bloquear duas pessoas, que eu mesmo havia convidado para serem amigos, por motivos diferentes. Nenhum dos dois eram próximos, apenas amigos em comum de meus amigos, mas que cheguei a conhecer pessoalmente e até conviver esporadicamente com um deles, pois ele visitava meu amigo, que por sua vez morou um longo tempo em meu apartamento.

Ícone feliz do Facebook: rede social que fez fortuna para seus criadores

Um desisti por conta do excesso de bizarrices. De vez em quando o bizarro é engraçado, mas todos os dias torna-se apavorante. Não tive estômago. E estava fazendo mal para a qualidade dos meus pensamentos. O outro foi  pelo excesso de mau humor e brincadeiras de mau gosto. Esse tipo de brincadeira só é tolerável pessoalmente, pois a resposta – para o bem ou para o mal – é imediata. Agora o mau humor é uma doença e ninguém pode estar exposto a nossas oscilações psicológicas negativas. 

Postar fotos legais – de gente e de coisas interessantes – é legal. Me ajuda a mostrar o que eu estou vendo e gosto para os meus amigos. É uma forma de contato. Vou virar plasma até desaparecer da face da Terra. 

terça-feira, 18 de março de 2014

Amizade

ONDE ESTÃO OS AMIGOS?



Estou morando na casa da minha prima desde o ano passado. Em 2012 foi um ano de perdas e danos muito intenso. Me desfiz de tudo que eu vivia naquele momento. Inclusive de casa (apartamento alugado) e trabalho (que é a coisa que mais preciso nesse momento). Mas perder os amigos foi o golpe mais forte que recebi da vida.

Ontem eu senti falta da companhia dos amigos. E esse vazio tenho preenchido com um perfil no facebook para não perder o contato com pessoas que me conhecem há um bom tempo. Essa falta de convívio me entristece.

Esses dois últimos anos não foram fáceis. E agora estou preocupado com a minha saúde. Preciso retomar o meu tratamento e não sei como irei fazer isso, pois estou em outra cidade.

Estou sem trabalho e a sensação de estar só no mundo aumentou muito. A falta de dinheiro me transformou em invisível para muita gente. É desolador.


domingo, 16 de março de 2014

Jessica Lange

CREPÚSCULO DOS DEUSES

O cartaz de Blue Sky, filme que lhe rendeu o Oscar de melhor atriz


Li hoje que Jessica Lange pretende deixar o mundo do cinema quando finalizar a quarta temporada de American Horror Story. É uma pena, pois ela continua esplêndida. Mas de certa forma eu entendo. No alto de seus 60 e poucos anos, Jessica deve estar cansada de tanto movimento e agitação no set.

Foto promocional de Coven ao lado de Angela Bassett e Kathy Bates


Ainda bem que o seriado American Horror Story está na terceira temporada, portanto ainda teremos várias cenas inéditas de Jessica antes de sua despedida. Será? Espero que ela faça como a Cher e esteja mentindo para nós.

Caracterizada como a terrível Fiona Goode em Coven, American Horror Story


Eu era adolescente quando vi Jessica pela primeira vez no cinema em King Kong. Meu Deus que mulher linda. Ali nascia uma movie star. Logo depois fez Frances onde viveu uma atriz injustiçada que foi obrigada a fazer lobotomia. Um dramalhão fantástico. Depois ganhou o Oscar como coadjuvante em Tootsie. Mas foi com Blue Sky que ela ganhou a estatueta de melhor atriz por sua atuação.

Na fantástica cena da dancinha, a sedutora Jessica em Blue Sky, filme de 1995



Nesse filme há diversas cenas que mostram sua capacidade de grande atriz. Entre as minhas favoritas estão a sua chegada na vila militar nova quando ela vai modificando o rosto, de animada para frustrada, até chegar em frente a casa que irá morar com a família.

Ao lado de Tommy Lee Jones em Blue Sky


Logo depois tem a cena da briga com Tommy Lee Jones. Uma das melhores coisas que tive a oportunidade de ver nessa vida. O descontrole emocional da personagem é perfeito. Não foi à toda que levou a estatueta.

Fiona Goode no célebre passeio pelas ruas de New Orleans



Agora com Coven, a terceira temporada de American Horror Story, ela empresta sua vida à da bruxa Fiona Goode, uma mulher sem qualquer tipo de escrúpulos, impiedosa, cruel... E sua voz, rascante, é impagável. Nesse seriado, cada temporada tem uma história diferente. Na anterior, ela fez uma freira incomum. E ganhou o Emmy e Globo de Ouro por sua atuação.

Fiona vivendo um romance com um personagem sombrio de Coven, American Horror Story


Para minha sorte, ainda não vi as duas temporadas iniciais, o que significa que ainda tenho espaço em minha memória para acrescentar mais cenas de Jessica. Li que a nova geração passou a conhecê-la com o seriado. Sorte deles. Jessica é uma atriz sempre impecável no seu ofício.

sábado, 15 de março de 2014

Coven e Revenge

Eu adoro ver seriados de TV. O do momento é Coven, a terceira temporada do American Horror Story. Jessica Lange, Kathy Bates, Angela Bassett e Francis Conroy são as veteranas que atuam fazendo bruxas terríveis, mesmo as que não tem nenhum poder de magia,como é o caso de Madame LaLaurie, a personagem de Kathy.
O elenco de Coven

Agora fotos das amadas atrizes sem as caracterizações. O figurino do seriado é incrível. Mas vale a pena ver que elas continuam bem e fazendo o que melhor sabem: DRAMA.
Emma Roberts, a Madison


Francis Conroy, a Myrtle Snow

Gabourey Sibide, a Queenie


Jessica Lange, a suprema Fiona Good

Kathyu Bates, a Madame LaLaurie

Lily Rabe, a Misty








sexta-feira, 14 de março de 2014

Divas

O termo é velho, mas por enquanto vai esse mesmo. As mulheres são incríveis, Aqui algumas fotos de famosas e outras nem tanto.
Bette Davis e Joan Crawford no clássico O que terá acontecido à Baby Jane. Um dos filmes mais apavorantes que vi na vida. Tenho um amigo que é pequeninho e que se monta. E, por pura maldade, o chamamos de Baby Jane, a ninfeta que já nasceu velha. Uma homenagem.

A primeira vez que ouvi falar de Carmen Verônica eu era repórter da revista AZ no tempo da Idade da Pedra. Faz tempo, mas lembro até hoje que a edição temática iria ser MULHER BICHA, ideia animada de Antônio Bivar e Caio Fernando Abreu, com quem tive a sorte de trabalhar no começo dos anos 1990. Mais tarde tive um professor de teatro, o saudoso Rofran Fernandes, que era amigo dela. Uma vez na casa dele, atendi um telefonema dela. A voz dela é inesquecível.

A atriz Gloria Swanson, uma das mais belas de Hollywood. Amo de paixão o filme Sunset Boulevard, onde ela faz uma diva louca e esquecida do cinema. Ela sempre esteve pronta para o close Mr. De Mille.

Tamara Dobson e a clássica personagem Cleópatra Jones da década de 1970. Quem teve a oportunidade de vê-la em ação fica impressionado. Eu morro de rir porquê é muito engraçado ver uma mulher toda montada dar golpes em bandidos sem perder a linha e nem sequer um fio do penteado.


Regina Duarte e Marco Ricca no remake de O Astro. Se Tereza Rachel já tinha feito o máximo na pele de Clô Hayala, Regina não deixou por menos. Duas interpretações antológicas.